Após a onda de fake news e distorções promovidas contra a deputada federal Érika Hilton, a vereadora Filipa Brunelli (PT), de Araraquara, divulgou uma nota contundente de apoio e solidariedade. Na publicação, Filipa denuncia a ofensiva da extrema-direita como uma tentativa desesperada de silenciar vozes dissidentes, especialmente as de mulheres trans e travestis que ocupam espaços institucionais de poder.
A vereadora Filipa Brunelli (PT), de Araraquara, publicou nesta semana uma nota pública de solidariedade à deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP), alvo recente de ataques transfóbicos e fake news disseminadas por setores da extrema-direita. A ofensiva tenta associar, de maneira distorcida e desonesta, o trabalho da parlamentar à má gestão de verbas públicas, numa clara tentativa de deslegitimar sua atuação e manchar sua imagem.
Em sua manifestação, Filipa lembrou que conhece Érika “desde antes do microfone e do paletó parlamentar” e destacou a trajetória conjunta de ambas na militância LGBTQIA+. “Estivemos nas trincheiras juntas, sonhando com um Brasil que respeite nossas identidades e garanta dignidade às nossas comunidades”, escreveu.
A vereadora denuncia que os ataques não têm base factual, mas são alimentados por preconceito e pela tentativa de expulsar corpos dissidentes dos espaços de decisão. “Eles não suportam ver uma travesti inteligente, articulada e combativa dentro do Congresso Nacional. É o velho moralismo seletivo que se cala diante de escândalos milionários, mas grita quando uma travesti ousa ocupar o poder”, afirmou.
Filipa também classificou como “nojenta” a campanha de desinformação que tenta transformar a assessoria de Érika Hilton em escândalo, e reafirmou que seguirá ao lado da deputada: “Tamo junta, como sempre estivemos. Seguiremos travestis na política. Com força. Com afeto. Com rebeldia.”
A nota gerou ampla repercussão nas redes sociais, sendo compartilhada por lideranças do movimento LGBTQIA+ e de direitos humanos. O posicionamento de Filipa Brunelli reforça a importância da construção de redes de apoio entre parlamentares trans e travestis diante da escalada da violência política de gênero e da disseminação de discursos de ódio no Brasil.