Filipa Brunelli é destaque na 29ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo e leva a voz do interior à maior parada do mundo

Vereadora conduziu o trio das pessoas trans, resgatou a ancestralidade LGBT+ e reforçou a luta por envelhecimento digno e políticas públicas para a comunidade

A 29ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, realizada neste domingo, dia 22 de junho de 2025, reuniu milhões de pessoas na Avenida Paulista sob o tema “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”. Entre os grandes destaques do evento esteve a vereadora Filipa Brunelli, de Araraquara, que conduziu com orgulho e protagonismo o trio das pessoas trans, travestis e não-binárias, levando a voz da comunidade LGBT+ do interior paulista à maior parada do mundo.


Em sua fala, Filipa destacou a importância de resgatar e honrar a ancestralidade LGBT+, relembrando a trajetória de luta e resistência que permitiu que a comunidade chegasse até aqui. “Se hoje estamos na maior parada do mundo, é porque quem veio antes de nós resistiu à marginalização, ao preconceito, às violências e ao apagamento. Nossa história é feita de coragem, de luta, de amor e de memória. Precisamos garantir que nossa população LGBT+ não só sobreviva, mas tenha o direito de envelhecer com dignidade, segurança e políticas públicas.”


A vereadora também ressaltou o quanto é fundamental que o interior paulista esteja representado em espaços como a Parada: “O interior também pulsa resistência, orgulho e luta. Nossa presença aqui reafirma que nossas vidas importam, nossos corpos resistem e nossas vozes ecoam, seja na capital, seja nas pequenas cidades.”


O tema deste ano trouxe à tona um debate urgente: envelhecer, para pessoas LGBT+, é um desafio que precisa ser enfrentado com políticas públicas, acesso à saúde, moradia, segurança e proteção social — ainda mais para pessoas trans, que seguem sendo as mais afetadas pela violência e pela exclusão.


A presença de Filipa Brunelli, uma mulher travesti, parlamentar do interior, à frente do trio das pessoas trans na maior parada do mundo, é mais que simbólica: é um marco na história da luta LGBT+ no Brasil. É o fortalecimento da memória, da resistência e da construção de um futuro onde seja possível viver — e envelhecer — com orgulho.